quarta-feira, 9 de junho de 2021

Como eu me defini nos idos de 2009-2010

 Estudante, vagabundo nas horas vagas e o cara que jogou uma moeda ao ar trinta e duas vezes e conseguiu exatamente dezesseis caras, provando, assim, a "teoria da probabilidade" de Laplace.

Sou o Marx do Capital e não do Manifesto. Mas não se engane acreditando que sou socialista. Se pudesse me definir, eu diria que tendo pro capitalismo. Mas quem sabe? Eu sou uma pergunta.

Amante daquele garotinho que vestia um pijama preto e brando. Chorei por causa de Sansão e das calunias à Bola-de-Neve. Não consegui terminar Platão (pulei logo do livro II pro VII), embora não consiga deixar Nietzsche, Dan Brown e Clarice inacabados.
Sortudo fazer uma faculdade que meu pai aprova. Como muitos de minha idade, tenho vontade de contestar esse sistema patriarcal aqui de casa.

Uma vez me falaram que quanto mais longe você sonha, mais próximo de lá você chega. Por isso, meu sonho é ganhar o Prêmio Nobel de qualquer coisa e ser desembargador.

Devaneio

Às vezes minha mente voa

me leva muito distante

Leva à beira de uma lagoa

que contemplo a cada instante.

Me leva à terra dos braunais

onde o canto dos sabiás

inebria minha visão

Me faz ver a mulher formosa

na minha frente toda charmosa

a me dá seu coração


Quando nessa terra eu cheguei

não esperava tamanho encanto

imagine o susto que tomei

capaz de engolir meu pranto

Porque o sorriso da menina

que mora em Santa Catarina

avassala o peito meu

o ar foge dos pulmões

me sinto só em multidões

se não tenho um beijo seu.


Me perco em pensamento

num devaneio bem sacana

ter você por um momento

deitada na minha cama

me deixando te tocar

te sentir bem de devagar

no calorzinho da coberta

beijinhos, risinhos, denguinhos,

chamegos entre carinhos

teu corpo em mim se aperta.


Imagino a sensação

do teu corpo junto ao meu

o aumento do tesão

quando beijo o seio teu

o gemido em meu ouvido

por ter o corpo consumido

ter o sexo devorado

com o vigor da minha pegada.

Se entregar já dominada

para o seu macho safado.


Sua cintura apertar,

a carne por entre os dedos,

seu umbigo eu chupar,

entregar-se a mim sem medo

sua perna eu abriria

e com muita maestria

olharia o seu buquê

de boca eu cairia

sua boceta eu chuparia

Até sua perna estremecer.


Em minha barba o seu gozo,

me levanto e você vê

te beijo a boca dengoso

com teu gosto de mulher.

com meu corpo sendo arranhado

Te enfio o pau molhado

ofegante, você geme

me olha o olho, me toca a nuca

me beija a boca como nunca

já lá dentro, você treme.


Te ponho de quatro

te puxo o cabelo

te empurro o lastro

te fodo o grelo

você se empina e olha pra trás

me olhar nos olhos te satisfaz

com isso te jogo na parede

e te chamo “minha putinha”

naquele instante você é minha

no nosso sexo matamos a sede.