Eu nunca mais vou amar novamente
disso eu tenho certeza absoluta,
pois você entrou na minha mente
quando tu me fodeu igual uma puta.
Eu fiquei apaixonado,
de quatro, dominado
com aquele jeito que tu me fodia,
me montava, rebolava, abocanhava,
a boceta na minha cara tu esfregava.
A gente trepava noite e dia.
Às vezes a gente fazia amor,
outras vezes o amor distraia
de descobrir o fogo e o calor
que é transar com putaria.
Transamos no mar, na passarela
na cachoeira e na capela.
O amor foi tanto e tão lindo
que tu lia meu pensamento.
Eu nem gozava, tu já tava engolindo.
Nem vi o fim do sentimento.
Você escolheu se mudar
e me pegou desprevenido.
Eu disse: "amor sem sexo não dá".
E você: "o amor não será perdido.
O que temos é muito raro
e para mim está muito claro
que outro amor não encontrarei".
Entrei num namoro à distância
- descrente nele em última instância -
porque em você eu confiei.
Nosso amor foi uma ciranda
que por um ano perdurou.
Um sexo poético que anda
nas lembranças de um desamor,
pois um mês foi necessário
pra tu sentar num salafrário
e desconhecer da nossa história.
Me recebeu como um intruso,
fiquei na cama sem uso
de uma forma vexatória.
Eu fiz de um tudo
pra encontrar o nosso sexo.
Bati Salvador, bati o mundo!
Chega fiquei sem nexo.
Mas a verdade doída,
ingrata e sofrida,
é que minha pica
não era mais tua querida.
Tua libido já tava transferida
pro novo dono da tua siririca.